terça-feira, 3 de outubro de 2017

OUTONO OCRE E BELO


Imagem - SAi$ONS


OUTONO OCRE E BELO


O meu poema é vento alado
De outono temperado, 
Brisa de primavera,
Baía rodada pelo mundo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela quimera.

O meu poema é folha ouro
Duma árvore de outubro,
Canteiro de setembro 
Que luz a pedra à calçada
De novembro e o rio Douro
Brinda o Tejo a Porto de vida.

O meu poema é singelo
E tem cheirinho a tudo
Que passa pela estação;
O fruto de alma e coração
Dum escrito afinado
Pelo outono ocre e belo.

© Ró Mar